domingo, março 4

Hiii, como a mulher é toda boa!!!

"Hiiiii, como a mulher é toda boa!" era o comentário, na televisão, de um recluso com umas horitas de liberdade num centro comercial português. Como alguém respondia no post anterior, "todos diferentes, todos iguais". Claro que para nós, os mais iguais são os que se parecem connosco. Mas, de facto, há coisas que nos colocam a todos num grande saco chamado "condição humana". Se o "boa" é vestir soutien 36 ou 38 depende das preferências (e mesmo aqui há equívocos. prometo escrever sobre soutiens um dia destes :) ), assim como depende se a aposta é nas magras ou nas mais redondinhas. Mas o certo é que "é boa"... E isso faz de nós todos iguais. Mesmo que uns estejam atrás das grades.

Tanta lenga-lenga para dizer uma coisa simples: estamos sempre com tantas merdas e esquisitices, mas precisamos todos do mesmo (cada um à sua medida). Queremos reconhecimento, dinheiro para ter uma boa vida, um emprego apaixonante, carinho, afecto, etc, etc...

E andamos todos às cabeçadas porque pedimos e até temos, mas nunca estamos contentes com o que nos chega às mãos. Se calhar, ainda bem. Ainda que eu considere que há momentos de desgaste e que irrita querer sempre mais e melhor. Num permanente processo de apanha e deita fora.

Tudo espremido, acho mesmo que o que nos faz falta é carinho. Não conheço ninguém que prescinda de um abraço caloroso que dê vontade de continuar a caminhada ou de uma palavra amiga que incentive e nos ampare em momentos de fragilidade.

Um dia destes alguém me dizia, referindo-se a si e aos homens que conhecia: "a malta anda louca em busca de sexo e novas aventuras, mas aquilo que na realidade quer é carinho e alguém que esteja lá". Se assim é ou não... não sei (demito-me de abordagens generalistas). Mas que tudo funciona muito melhor com verdadeira intimidade, lá disso não tenho dúvidas. Seja isso mostrar fragilidades, despir-se por dentro perante o outro ou simplesmente estar receptivo a dar e receber. Livra! Tanta merda para uma coisa tão simples.

Se calhar, o que vejo todos os dias quando saio do emprego é uma busca de carinho e não de sexo. Nunca percebi o que leva alguém a comprar sexo (daquele barato e, diria eu, com ar "chunga") quando parece ser tão fácil dar uma queca algures. Acho que tenho uma teoria, mas vou observar com mais atenção à saída antes de me pronunciar...