segunda-feira, março 23

Solidão... mais uma vez

Este é um tema que não se esgota nem se esgotará. Por muitas teorias que apareçam sobre a solidão e a idade em que ela bate com mais força, a realidade diz-nos que todos nós, por alguns momentos, já sofremos desta dor. Podemos ter amigos, namorados, família, mas há sempre um momento algures em que nos sentimos sós. Porque nos afligimos com o amanhã, porque a dado momento sentimos que não somos compreendidos, porque há alturas em que estamos perdidos sem saber para onde ir e por que caminho. Nestes últimos dias têm-me falado muito de solidão. Por norma, são pessoas com alguma idade que vivem sós e que estão dias seguidos sem falar com alguém. Mas também há relatos de jovens (estudantes e não só) desenraizados, em profundos momentos de solidão. A solidão é um mal dos tempos de hoje?! Eu acho, muito sinceramente, que é um mal gerado pela crise de valores. Porque, afinal de contas, nunca como hoje foi tão fácil encontrar amigos (de cama, de ocasião, de tempo indeterminado). Nunca foi tão fácil, em parte, devido à Internet. Mas depois, no fundo, no fundo, fica o vazio de serem poucos aqueles com quem realmente nos identificamos. Solidão. Solidão. O combate é forte, a solução imprevisível. O facto é que nos atinge.

1 comentário:

Edgar Caetano disse...

"Mas depois, no fundo, no fundo, fica o vazio de serem poucos aqueles com quem realmente nos identificamos."

a solução é estimar esses "poucos", tipo dar-lhes prendas, beijinhos e kinder-barrinhas e coisas afins..

ah pois

"i was angry for not having any shoes, until i saw a man who'd lost both feet"