Nos últimos dias tenho reflectido sobre o peso que damos às coisas, às diversas situações das nossas vidas. E concluí que, muitas vezes, damos demasiado peso a coisas que não têm assim tanto valor. Conclusão de génio, diga-se de passagem... Como se não soubesse já que há coisas que não voltarão a repetir-se... simplesmente porque não! Simplesmente porque são insignificantes e temos de estar disponíveis e alerta para outras mais importantes.
Já disse isto aqui algumas vezes, mas penso mesmo que às vezes merecemos um abanão. E merecemos pôr os olhos em situações realmente graves e inultrapassáveis para percebermos que há outras - que para nós são uma catástrofe - que não passam de pequenas manchas, de pequenas feridas que vão passar rápido com um curativo.
Ora bem, se há coisa que tenho vindo a aprender é que tudo está certo como está. Nada do que acontece é por um mero acaso ou porque é uma maldade do destino. O destino fazêmo-lo nós diariamente. E devíamos decidir, em total e profundo compromisso connosco, que só caberão no nosso destino as pessoas e as situações que queremos e que nos servem para crescermos e sermos cada vez melhores pessoas.
É claro que nada é assim tão simples ou preto no branco. Por isso mesmo, vamos tropeçando em pessoas e situações que nos magoam e que, declaradamente, não nos querem bem nem nos querem ter por perto. Assim sendo, ajudem-me lá a responder: para quê deixar entrar na nossa vida quem não tem a certeza e a convicção de querer estar connosco? É assim no amor, é assim nas amizades. Deveria ser assim em tudo. Cito uma amiga minha: "só devemos querer ter por perto quem tem a certeza de querer estar connosco... e quem tem a certeza de que é só connosco que quer estar". Amiga, devo-te uma!
domingo, julho 29
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2 comentários:
Somos nós que fazemos e decidimos o nosso destino, é certo, mas por mais que a teoria e a consciência nos digam qual o caminho correcto, quantas vezes optamos por outro que de antemão sabemos ser atribulado e que (não raro) nos conduzirá a lado algum? Quantas vezes sabemos qual o lugar certo que algumas pessoas ou situações deveriam ter na nossa vida e, quase inconscientemente, damos-lhes "papéis principais" quando nem para figurantes servem? A teoria é muitas vezes difícil de aplicar, principalmente em questões de coração, e tivemos a prova disso mesmo ao longo dos últimos meses!
"para quê deixar entrar na nossa vida quem não tem a certeza e a convicção de querer estar connosco?"
Uma boa pergunta...talvez para um dia sabermos quem realmente quer estar connosco...ou não! ou simplesmente, porque quando as pessoas entram ou nós entramos na vida dos outros não sabemos tão pouco o que queremos da nossa própria vida e vamos deixando desenrolar um guião do qual não conhecemos o fim de cada episódio... de uma novela chamada vida! O papel dos outros na nossa vida e o nosso na vida dos outros tem seguramente uma razão de ser, às vezes não o conseguimos identificar no momento...Gostei deste blog!
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