quarta-feira, agosto 23

E depois... uma agradável surpresa

É normal para mim, num trabalho de emoções fortes, levar um soco no estômago e começar a pensar em várias coisas na minha vida (ou nas dos outros, normalmente nas vidas das pessoas que acabei de conhecer e com quem estive a trabalhar). E parece que quanto mais entramos em desespero e em desânimo, mais coisas desesperantes e desanimadoras acontecem. Estive quase, quase, a perder uma surpresa que eu queria muito receber. Estive quase, quase, a desesperar porque ia perder essa surpresa. estive quase, quase, a desanimar por, de vez em quando, tudo me correr ao contrário.

Enquanto tentava evitar isso, reclamava comigo mesma por ter uns dias (poucos, confesso) em que parece que quase nada acontece e outros em que tudo se acumula e eu quase não tenho capacidade para fazer-lhes frente. O que vale, é que há pessoas e situações surpreendentes. Pessoas que nos salvam o dia por aquilo que são e pelo que têm a coragem de fazer por nós. E assim, um dia que teria sido uma verdadeira merda (pela intensidade do trabalho - que adorei, mas que me deixou triste; pela sensação de dependência porque tinha o carro a reparar; pela impotência de não conseguir fazer tudo ser controlado por mim de forma a acabar o dia em beleza; por, mais uma vez, me ter deixado tocar pela história de vida de alguém, etc, etc, etc..) rematou com um inesquecível momento. Daqueles que, mesmo que as fotos se queimem, as pessoas desapareçam ou o mundo deixe de ser o que é... ficará guardado para sempre e de mim ninguém o conseguirá roubar.

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