segunda-feira, agosto 28

Tudo o que temos cá dentro... fora se percebe

Há muito que ouço dizer que as pessoas que nos rodeiam e as situações das nossas vidas não são mais do que espelhos (imagens reflectidas, portanto) de tudo o que temos dentro. Um exercício interessante, que me ensinaram, é tentar perceber de que forma uma pessoa que nos irrita nos está a tirar do sério. Às vezes é um comportamento que também temos e rejeitamos; outras uma atitude que gostaríamos de ter, mas não conseguimos... ainda. Isto porque eu acredito que estamos em constante evolução e que aquilo que invejamos nos outros (ou detestamos) são comportamentos e características que temos em nós. E que, como tal, podemos eliminar (se for mau) ou desenvolver (se for bom).

É como no amor, por exemplo. Imaginem-se situações em que uma pessoa sempre teve amores "falhados" (nunca são, na verdade, mas a sociedade assim os designa), mas consegue sonhar com um relação gratificante. Porém, não acredita que algum dia isso lhe venha a suceder porque, como sempre falhou, irá falhar mais e mais uma vez e não vai ser capaz de proporcionar(-se) essa experiência. Pois eu acho precisamente o contrário. Quando desejamos muito é porque, de alguma forma, aquele registo está gravado dentro de nós e podemos a ele ter acesso. O truque, dizem os entendidos, está na atenção que se põe nos pensamentos e no sentir. Se nos focarmos no falhanço, na frustração, é evidente que é isso que atraímos porque passaremos ao lado de tudo o que é bom. Se, no entanto, a nossa atenção e as energias estiverem voltadas para o que é positivo (mesmo que o registo que tenhamos seja no âmbito do sonho e do desejo), é pouco provável que as desgraças se continuem a repetir. Para já, porque a disposição muda, a energia começa a fluir com mais ritmo e de forma positiva, e a nossa lupa volta-se apenas para quem (ou para o quê) nos parecer que pode estar à altura da concretização desse desejo.

Ufa! Há dias em que parece que as palavras se enrolam na minha mente, tropeçam na língua e empancam na ponta dos dedos quando quero escrever... Mas, também, o relevante do processo criativo é dar liberdade à alma de se exprimir como bem entender, sem precisões gramaticais ou pontuação nos locais certos...

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