Há pouco falava com um colega de trabalho sobre as férias. Ele tem filhos e precisa sempre de pensar nos seus dois rebentos antes de escolher o destino para descansar. Dizia-me ele que manda sempre os miúdos uns dias para os avós para conseguir, com a sua cara-metade, ter umas férias especiais. Eu concordo com esta política (acho que o maior erro de um casal é deixar a relação morrer por exclusiva dedicação aos filhos) e acabámos a falar de filhos, educação, relações... Ele disse-me uma engraçada, a propósito da vida e da forma como educamos as nossas crianças: "as pessoas precisam de se centrar no seu grande objectivo de vida, naquilo que para elas a existência tem de fundamental". É mesmo... Muitas vezes corremos em busca de sabe-se lá o quê, esperando ter sucesso, sorte no amor, desafogo monetário e uma vida muito feliz. E vamo-nos esquecendo de que o que nos faz feliz pode não ser nada disto ou ser tudo isto e muito mais ao mesmo tempo.
Essa questão de focalizar a nossa atenção naquilo que é realmente importante é uma atitude de sabedoria, que eu fiquei a admirar neste colega. E que, para não variar muito, me deu que pensar. Penso, mesmo, que o segredo de uma existência singular e feliz reside em dar valor aos pequenos nadas que nos acontecem diariamente. Quando saí da faculdade, o importante para aquela malta era encontrar emprego num grande grupo de comunicação social, ser famoso e reconhecido. Hoje, tou-me a borrifar para tudo isso. É claro que gosto de trabalhar numa publicação de referência porque sei que tenho capacidade para isso e acaba por ser o reconhecimento do meu trabalho e da minha dedicação a esta causa. Mas como esta causa tenho tantas outras que exigem o anonimato e que são tão ou mais gratificantes. Se calhar, o mal é nem sempre nos focarmos nO OBJECTIVO e irmos saltando, saltando, sem nunca chegarmos a fazer nada de concreto e sem nunca nos conseguirmos realizar plenamente. Bem... tenho trabalho. Preciso de me focar nesta tarefa.
quinta-feira, junho 22
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