terça-feira, abril 25

Não sei por onde vou... só sei que não vou por aí

Andar perdido é, talvez, uma das armadilhas nas quais caímos com mais frequência nesta vida. Perdemos muitas vezes a paciência, o sentido de orientação, pessoas que pensávamos ter como amigas, relacionamentos afectivos, horas e horas no trânsito, etc, etc, etc. De forma mais dura, perdemos muitas vezes o contacto com o nosso "Eu" (a que alguns chamam "centro") e desorientamo-nos. Deixamos de nos identificar com quem somos, com as pessoas que nos rodeiam, com o emprego que temos e com a vida que é preciso aceitar diariamente.

Por causa dos inúmeros compromissos que assumimos, resignamo-nos à nossa sorte e esperamos que melhores dias surjam. Mas o tempo passa... e eles podem não surgir. Não surgem porque não fazemos nada por isso (e nestas coisas também é preciso querer). E às vezes não fazemos porque não sabemos por onde ir. Desperdiçar energias a tentar desalmadamente em todas as direcções também não me parece a opção mais inteligente. E parece-me que a vida nos vai dando pistas sobre o melhor caminho a seguir. Só que nem sempre estamos atentos e nem sempre percebemos os sinais. Um sinal grande - senão o maior de todos - pode ser a simples sensação convicta e profunda: "não sei por onde vou... só sei que não vou por aí".

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