Andar perdido é, talvez, uma das armadilhas nas quais caímos com mais frequência nesta vida. Perdemos muitas vezes a paciência, o sentido de orientação, pessoas que pensávamos ter como amigas, relacionamentos afectivos, horas e horas no trânsito, etc, etc, etc. De forma mais dura, perdemos muitas vezes o contacto com o nosso "Eu" (a que alguns chamam "centro") e desorientamo-nos. Deixamos de nos identificar com quem somos, com as pessoas que nos rodeiam, com o emprego que temos e com a vida que é preciso aceitar diariamente.
Por causa dos inúmeros compromissos que assumimos, resignamo-nos à nossa sorte e esperamos que melhores dias surjam. Mas o tempo passa... e eles podem não surgir. Não surgem porque não fazemos nada por isso (e nestas coisas também é preciso querer). E às vezes não fazemos porque não sabemos por onde ir. Desperdiçar energias a tentar desalmadamente em todas as direcções também não me parece a opção mais inteligente. E parece-me que a vida nos vai dando pistas sobre o melhor caminho a seguir. Só que nem sempre estamos atentos e nem sempre percebemos os sinais. Um sinal grande - senão o maior de todos - pode ser a simples sensação convicta e profunda: "não sei por onde vou... só sei que não vou por aí".
terça-feira, abril 25
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