quinta-feira, abril 20

Uma amiga enviou-me este texto que ela apelida de "lamechas", mas que considero dar bastante que pensar. Obrigada, karatekida!

Amor meu grande amor não chegues na hora marcada

Ontem ajudei uma amiga a recuperar um grande amor. Se calhar não deveria…mas nestas coisas do amor, não existem guiões pré definidos. E se a amizade faz sentido é essencialmente quando auxiliamos alguém sem esperar nada em troca. Seja como for, aprendi uma boa lição. Fiz algo que não faria por mim. Mas não me arrependo. Embora saiba que não seria capaz do mesmo, senti uma pontinha de inveja. Inveja por todos aqueles que, no limite, saem das convenções, do socialmente correcto, do figurino normal e vão à luta. Por um grande amor…
Por vezes, os grandes amores chegam sem aviso. Traiçoeiros, passam por nós sem aviso. Quando damos conta, já partiram…
Que andamos, mulheres e homens, na maior parte da nossa existência à deriva no grande oceano de marés imprevistas que são as relações já sabia. Que não existe receita certa, também. No que toca ao amor, sem dúvida o sentimento mais dissecado do Universo, todas as teses são válidas.

Oiço uma canção, velhinha, que me sussurra isso mesmo. Fala da improbabilidade, da força, e do inesperado que é o Amor.

Se calhar o segredo é fazer de cada novo amor, o primeiro e o último … Sem hora marcada. E ao (re) encontrá-lo ter coragem de o entender. Sem medos, traumas, com a pureza que cada um de nós esconde numa caixinha a que chamamos coração…

Os percursos amorosos fazem marcas. O que distingue os vencedores é a capacidade de, na bagagem que levam da vida, deitarem fora o que não presta e saberem manter o que é vital, para viverem cada amor, como se fosse o ultimo e o primeiro. Porque um dia será.

PS. Minha amiga, que o teu grande amor dure o tempo que mereça. E, caso não dê certo, conta comigo para te secar as lágrimas. Até lá, sê feliz !!

karatekida

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