terça-feira, abril 11

Viver no passado

Dizem alguns filósofos que, na vida, só o presente é real. O passado já lá vai e não se pode mudar; o futuro ainda está para vir e, por isso, não existe. Outro dia enviaram-me uma sms que corroborava isso mesmo: "Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo... qualquer um pode recomeçar e fazer um novo fim". Lá está a tónica no presente. E lá estamos nós presos ao passado. Ao grande amor das nossas vidas (quando, se soubermos aproveitar, podem ser vários os amores grandes que passam por ela); ao amigo que não perdoamos; à infância infeliz que nos marcou para sempre; ao parceiro que nos rejeitou e por aí fora... Uma coisa será certa (ou, pelo menos, quase garantida): não há espaço emocional para ser feliz e fazer felizes os outros. Estamos presos a algo que passou, que perdeu a materialização e que, por isso, não existe. E o mais provável é voltarmos a encontrarmo-nos com o passado e a percebermos que, afinal, a pessoas e/ou a história não fazem mais sentido no presente. Porque as pessoas mudam - nem sempre na mesma direcção -, porque o mundo avança, porque a vida transforma-se a cada dia que passa.

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