segunda-feira, setembro 25

Trivialidades

Passei por aqui não porque tenha algo de especial para dizer, mas para não perder o ritmo de vir despejar pensamentos, emoções, sentimentos ou opiniões que podem não servir para muita coisa, mas que ajudam a descontrair e a aliviar o stress (tipo saco de boxe no qual se bate com toda a força quando se está irritado).

O dia está a ser intenso (e promete continuar, assim como as próximas semanas). O mundo está recheado de pessoas que se magoam (umas vezes sem querer porque todos somos estúpidos uns para os outros de vez em quando; outras vezes porque nos apetece dar a estocada final e ferir de morte o adversário), mas tem flashes de luz que compensam esse outro lado feio e desprezível.

Há inúmeras visões do mundo, filosofias de vida e formas de encarar o que nos rodeia. Claro que a nossa é sempre a que faz mais sentido ao nosso olhar, caso contrário não seria essa que adoptaríamos como conduta de vida. Mas isso não invalida que a do vizinho seja igualmente merecedora de crédito e de respeito. No meio destas diferenças, o mais importante é que consigamos manter a bitola do que é aceitável para nós e daquilo que queremos fazer com a nossa existência. Não me apetece alongar muito sobre isto, mas vejo em volta que as pessoas teimam em fincar pé nas suas vistas curtas e na sua luta pela razão que nem se apercebem que ao lado está um outro ser humano que tem necessidades, sentimentos e merece respeito e dignidade.

As conversas dos últimos tempos com várias pessoas também me levam a achar que o mundo está sedento de mudança, de pessoas com vistas largas e coragem q.b. para assumirem que são diferentes e que vivem na diferença. Mas não há regra sem excepção e tem de ser assim mesmo para darmos valor às pérolas que nos rodeiam e a quem nunca demos atenção. A exigência tem um preço elevado. Um preço que vale a pena pagar (não digo a curto nem a médio prazo, porque o caminho mais difícil é sempre o mais penoso). O que me enoja é que as pessoas se sirvam da boa vontade das outras para alcançarem os seus objectivos e para terem o que querem nas suas vidas. E basta estar atento e ver e ouvir o que nos rodeia para perceber que o mundo está cheio de merda. Atrofiados e atrofiadas que vestem uma máscara e que tentam enganar o mundo, mas nunca se enganarão a eles próprios. Nunca porque lá bem no fundo há um vazio para preencher. Há uma voz que diz: "por favor, eu não sou isto, estou a atrofiar... tira-me daquiiii!!!". Com o tempo, essa voz vai perdendo força e temos malta que conclui não saber o que anda para aqui a fazer, pois está cansada, sem motivação e com muita vontade de mandar tudo ao ar.

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