sábado, outubro 21

"Amar é responder à necessidade"

Esta frase é do médico colombiano Jorge Carvajal, que esta semana esteve em Lisboa a dar um seminário sobre Sintergética (concepção de vida e da medicina que trabalha com diversas disciplinas, sempre com o objectivo de entender o ser humano como um todo e ajudá-lo a melhorar-se).

O mais fascinante do discurso deste médico "tradicional" - que um dia percebeu que a cura das pessoas vai muito além da medicina convencional - é que ele fala das coisas com alma e sem meias medidas. O que diz pode ser tão poderoso (e quase imbatível porque ele comprova com factos e estudos aquilo que defende) que não é de admirar que algumas pessoas saiam a meio e que outras se sintam desconfortáveis.

Para mim, entre os diversos abanões proferidos considero este de especial destaque: "Amar é responder à necessidade". Ou seja, amar nada tem a ver com a visão egocêntrica de dar para receber o melhor em troca, de forma a sentirmo-nos preenchidos e satisfeitos. Amar passa por ter em atenção o que o outro precisa para se sentir "querido" e partir ao encontro dessa necessidade de peito aberto, de coração grande e disponível. E isso faz a diferença.

"Você sente-se querido pela sua mulher?", é uma das perguntas que o médico faz aos pacientes que o procuram como forma de diagnóstico. Porque, diz Carvajal, "quem não se sente querido está perdido".

Tendo em conta que a vida é um processo de aprendizagem, a repetição de padrões de comportamento indicia a necessidade de mudança, que para o médico passa por alterar a atitude e resgatar a imagem arquetípica que cada um tem de si próprio. E lá vem outra tirada bombástica: "o importante não é o que se passa, mas o significado que lhe damos e é possível mudar a história quando mudamos o significado".

E por esta me fico, pois há informação que é importante digerir...

1 comentário:

Gisela FFale disse...

Na minha humilde opinião, quando damos estamos a receber...e é essa a verdadeira necessidade de todos nós AMAR... se tudo o que fizermos for com amor, tem um sabor diferente...como li num livro, nem que seja Spagheti com Almondegas , se for feito e comido com amor o sabor é diferente ainda que o tempero seja o de sempre...;)